Pó de Açúcar
by Paulo Vieira
Por trás do bolo
O Pó de Açúcar nasceu em 2010, quando Paulo Vieira começou a confeccionar bolos decorados para familiares e amigos. O seu gosto pela doçaria e pastelaria vem desde muito novo, quando na infância e juventude aprendia com a sua Avó Inácia as tradições, sabores e técnicas da cozinha portuguesa e, especialmente, algarvia.
Ao longo dos anos, foi reforçando os seus conhecimentos através de vários cursos e formações nacionais e internacionais, e a qualidade dos seus produtos, aliada ao passar da palavra, permitiram a expansão do pequeno negócio. Hoje, o Pó de Açúcar conta já com uma sede física (fábrica e ponto de recolha) na freguesia de Pêra, concelho de Silves.
Além de fornecer produtos de doçaria conventual, regional, tradicional e de autor para várias pastelarias na área, bem como para clientes individuais de todo o Algarve e até mesmo fora dele, também trabalha por encomenda na criação de bolos decorados originais para diversas ocasiões, como aniversários, casamentos, batismos e eventos empresariais.
O Pó de Açúcar é, na sua mais pura e simples forma, o manter vivo da tradição e das origens, sem ter medo de as combinar belamente com o moderno e o contemporâneo. É o concretizar de um sonho e uma ode à doçaria portuguesa. E é, sobretudo, uma grande e bonita homenagem à Avó Inácia e à doce herança que deixou.
em memória de
Inácia dos Santos Cabrita, natural de Alcantarilha, naturalmente algarvia. Mulher do campo, das estações, das tradições, das refeições, das festas de, em e para a familia. De gostar de ensinar aos seus, de passar o que lhe passaram, de aprender o que lhe quisessem ensinar. Assim foi para mim, assim foi a minha avó. Com ela aprendi a mexer nos tachos, a partir ovos, a separar claras, a fazer caramelo, a partir amêndoas, a amassar pão e folares, a comer tibornas e pão-de-relão, a fazer pão-de-ló e a transforma-lo em palito, a fazer bolinhos de amêndoa e ésses, a torrar farinha para o caldo de inverno com casquinha de limão, a torrar favas e a cozer batata doce no forno de lenha escondida na cinza. Com ela aprendi que nada está fechado, mais um pouco, mais um ovo, um pinguinho disto e daquilo... mais uma pitada de AMOR. Muitas das receitas escritas foram-me passadas pela minha avó em sua casa, na Quinta do Zambujal (Pêra - Algarve). Praticadas no fogão e no forno de lenha, ensaiadas com banha em vez de margarina por esta abundar e a margarina escassear. Com ovos frescos, do dia, da hora, do minuto pois muitas vezes tinha que esperar pelo cantar das galinhas para poder começar a receita.. Assim começaram estas receitas, mas como já anteriormente fora dito nada está fechado, e novos ensaios surgiram e novos ingredientes e técnicas foram adicionados.
Paulo Vieira, fundador e pasteleiro do Pó de Açúcar